quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sheena, a Rainha da Selva

Por A Filactera

Sheena foi criada pelo Estúdio Eisner & Iger e surgiu pela primeira vez em 1937 no nº 1 da revista britânica Wags. Para esconder o facto de que o Estúdio Eisner & Iger era constiuído apenas pelos próprios Will Eisner e “Jerry” Iger, estes assinavam as histórias com o pseudónimo “W. Morgan Thomas”. Nos E.U.A. estreeou-se em 1938 no nº 1 da Jumbo Comics, da editora Fiction House, e apareceu em todos os números seguintes, até ao término da revista em 1953. Entretanto, teve direito a uma revista própria que durou 18 números, entre 1942 e 1952, de nome Sheena, Queen of the Jungle e que foi o primeiro comic a ter no título uma personagem feminina. Apareceu ainda no nº 16 da Ka’a'nga, de 1952 e, por fim, em Sheena, Jungle Queen, numa edição em 3-D de 1953 que foi uma tentativa frustrada de “Jerry” Iger de ressuscitar o interesse pela “beleza selvagem do Congo”. Nos finais dos anos 50, Sheena teve uma breve reaparição feita pela I.W. Publications de Israel Waldman, um editor que se “especializou” em reimpressões não autorizadas de muitas revistas famosas. O mesmo Waldman pegou nela de novo nos princípios dos anos 70, com mais reimpressões, agora na Jungle Adventures, uma revista que durou apenas três números. Sheena ressurgiu em 1984 pela mãos da Marvel numa adaptação em BD do filme homónimo (Sheena, a Rainha da Selva, em Portugal) realizado por John Guillermin e protagonizado por Tanya Roberts, com arte de Gary Morrow. As editoras London Night Studios, Devils Due Publishing e Moonstone também tentaram revitalizar a vida da Rainha da Selva em BD mas nenhuma delas o conseguiu fazer por durante mais que poucos meses. Pessoalmente, apesar de alguns reboots e remakes terem o seu interesse, prefiro que as coisas tenham a sua época própria e gosto de vê-las à luz dessa mesma época. Pegando nas compilações Golden Age Sheena: The Best Of The Queen Of The Jungle (Vol. 1 e 2) ou escolhendo alguns dos títulos disponíveis online no site Digital Comic Museum, não faltarão horas de leitura um pouco sexy (ou será sexista?), um pouco paternalista (ou será racista?) mas bastante recompensadoras assinadas por nomes como Mort Meskin, Robert Webb, Matt Baker ou o próprio “W. Morgan Thomas”. E agora com licença porque vou ver como a Sheena se desembaraça do esclavagista Hassan Bey (clique na imagem abaixo para ler “The Slave Brand of Hassan Bey”)

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