quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A origem dos quadrinhos

Início da arte é controversa, mas pesquisas apontam para o século 19 com personagens como Yellow Kid e Max e MoritzFernanda Guerra
São José dos Campos


Super-Homem, Batman, Homem-Aranha, X-Men, Mickey, Turma da Mônica... quem não conhece esses personagens? Famosos no cinema, TV e revistas, todos eles têm uma origem em comum: as HQs (histórias em quadrinhos).


Tema do 1º concurso de HQ promovido pelo ValeParaibano (leia texto nesta página), as histórias em quadrinhos são parte de uma série de reportagens que o jornal irá publicar todas as terças-feiras até o final de agosto.


Mas você sabe como os quadrinhos foram inventados? Dos homens das cavernas até hoje a humanidade sempre se comunicou através de desenhos. Por isso, definir quando realmente surgiram as histórias em quadrinhos é um desafio digno de super-heróis.


"A origem das histórias em quadrinhos é muito controversa. Segundo a 'lenda' os quadrinhos surgiram porque os jornais não estavam vendendo tanto e começaram a usar ilustrações para complementar as notícias e chamar a atenção do leitor", disse o colunista de quadrinhos do ValeParaibano, Fabrício Grellet.


Segundo Grellet, com o tempo, as ilustrações começaram a se desvencilhar das notícias e trilharam um caminho próprio, criando um novo gênero narrativo: as HQs.


"Didaticamente, considera-se Richard Outcalt o pai dos quadrinhos. Em 1895, ele criou o personagem Yellow Kid, que trazia frases escritas em sua camiseta. Mas é uma paternidade polêmica, porque vários ilustradores colaboraram para o nascimento e evolução dos quadrinhos", disse Grellet.


Pai ou não dos quadrinhos, Outcault e seu Yellow Kid são um marco na história das HQs. Foi com este personagem que um dos principais elementos das HQs foram incorporadas às histórias: os balões de fala.


Antes dos balõezinhos, os textos eram escritos em forma de legendas que acompanhavam as cenas. "O balão é o fio condutor da história e por ali você consegue se aprofundar nos pensamentos e características das personagens", afirmou Grellet.


Há quem diga, no entanto, que o início da história moderna dos quadrinhos se desenrola por todo o século 19, com o trabalho de ilustradores como o suíço Rudolf T. Pffer, com o "Sr. Vieux-Bois" (1827), Henrique Fleiuss, com "Dr. Semana" (1861), Wilhelm Busch, com os endiabrados garotos "Max e Moritz" (1865) e Georges Colomb, com "A Família Fenouillard" (1895).


Estes artistas aliavam qualidades literárias ao desenho e muitas vezes mostravam situações cômicas.


No dia 17 de maio de 1890, foi publicada em Londres pela primeira vez uma revista semanal com histórias desenhadas. Era a "Comic Cuts", da editora de Alfred Harmsworth, que atingiu uma tiragem de 300 mil exemplares.


Em 1929, foi criado o marinheiro Popeye e, um ano mais tarde, o ratinho Mickey. A partir de 1933, começaram a ser publicadas as revistinhas de Walt Disney, exclusivamente com histórias em quadrinhos. Foi a época também do detetive Dick Tracy e do aventureiro do espaço Buck Rogers.


O conceito de herói com uma missão, hoje tão associada aos quadrinhos, teve como marco as histórias de aventuras de Tarzan, herói das selvas imortalizado nos traços de Burne Hogarth, em 1929.


Mas é em 1938 que uma nova revolução aconteceu no mundo das HQs. Um alienígena com poderes jamais vistos desenbarca na Terra para liderar uma nova legião de personagens: os super-heróis. Escondido sob personalidade do tímido Clark Kent, Super-Homem, de Joel Schuster e Jerry Siegel tornou-se um mito e referência para as HQs de todos os tempos.

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